"Fico a me perguntar o que interessa ao morador de Belém o congestionamento da Marginal do Tietê, exaustivamente mostrado pelas redes nacionais de TV?" [...] o conteúdo que vai ao ar não é determinado pelos interesses ou necessidades do telespectador, e sim, pela lógica comercial.
"[...] Só que a TV não é, ou não deveria ser, apenas um negócio como outro qualquer. Por transmitir valores, ideias, concepções de mundo e de vida, ela é também um bem cultural, e não uma simples mercadoria. Daí, a necessidade de ser regulamentada e ter os seus serviços acompanhados de perto pela sociedade."
"[...] Em 1991 a então deputada Jandira Feghali apresentou um projeto de lei estabelecendo percentuais de exibição obrigatórios para produção regional de TV no Brasil. Doze anos depois, em 2003, após várias concessões feitas para atender aos interesses dos empresários, o texto foi aprovado na Câmara e seguiu para o Senado, onde dorme um sono esplêndido até hoje".
Disso conclui-se que as burocracias à legislação da produção e veiculação de programas regionais, os permite dizer que “dão ao povo o que o povo quer” como uma verdade perpetuada! Mas, por outro lado, isso fortalece o uso da internet: "O barateamento e a diminuição dos equipamentos de captação de imagens impulsionaram o vídeo popular e a internet vem sendo um canal excelente de divulgação desses trabalhos."
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Floracy Soares